quinta-feira, 1 de setembro de 2016

FLORA: MORRO DE SÃO PULO

As paisagens deslumbrantes de Morro de São Paulo são habitadas por um rico e diversificado conjunto de flora e fauna. Devido sua localização, no litoral sul da Bahia na região da Costa do Dendê, Morro de São Paulo abriga variadas espécies de animais e de vegetações.
A região da Costa do Dendê, como o próprio nome diz, conta com a presença do dendezeiro.
O dendezeiro é um tipo de palmeira que surgiu da Costa Ocidental da África e cujo fruto é o dendê e o seu óleo, o famoso azeite de dendê se faz presente em todos os pratos típicos da culinária baiana.
Mas além do dendê destacam-se também outros tipos de vegetações na ilha. Em meio à exuberante vegetação da Mata Atlântica, Morro de São Paulo guarda um impressionante tesouro da natureza: são diversas espécies de vegetações como a piaçava, orquídeas, coqueiros, bromélias e trepadeiras.
Destas vegetações a mais popular na ilha talvez seja a piaçava, cujo nome cientifico é Attalea funifera. Trata-se também de uma espécie de palmeira originária dos estados da Bahia, Alagoas, Espírito Santo e Sergipe.


Existem lugares em Morro de São Paulo ainda intocados e com predominâncias desta espécie. Outra vegetação típica da região são os coqueiros que se originaram no sudeste da Ásia e foram introduzidos no Brasil pelo estado da Bahia.
O coqueiro é um membro da família Arecaceae (família das palmeiras). É a única espécie classificada no gênero Cocos.


É uma planta que pode crescer até 30 m de altura, com folhas pinadas de 4–6 m de comprimento, com pinas de 60–90 cm. As folhas caem completamente, deixando o tronco liso.
Em Morro de São Paulo a partir da Terceira Praia há grandes áreas verdes, algumas que abrigam hotéis e pousadas, onde se vê imensas plantações de coqueiros.
Na flora de Morro de São Paulo também se fazem presentes arbustos típicos da Mata Atlântica e ainda territórios de mangue. Nas regiões do mangue existe pouca diversidade de vegetação, porém, é um local com grande concentração de crustáceos, moluscos e ainda formada por arbustos e árvores de raízes suspensas.


Como se não bastasse a vegetação exuberante, a ilha reserva outras gratas surpresas aos visitantes. Espalhada pelas paisagens de Morro de São Paulo está uma série de árvores frutíferas que presenteiam moradores e turistas com seus apetitosos frutos.
Por se tratar de uma região tropical, predominam frutas como caju, mangaba, cupuaçu, pinha, cajá, jaca, melancia, acerola, goiaba, manga, umbu, pitanga, maracujá, seriguela, mamão, cacau, graviola, jambo, fruta pão e abacaxi.
Além dos refrescantes sucos, estas frutas estão expostas na noite de Morro de São Paulo nas barracas na beira da praia. Misturadas com bebidas alcoólicas como cachaça ou vodka, resultam nas típicas e deliciosas caipifrutas. Das frutas citadas, algumas despertam a curiosidade dos turistas pela excentricidade. É exemplo o jambo, fruto do jambeiro. A fruta tem formado de pêra, porém, possui um tamanho menor e a casca é lisa e da cor vermelha rosada com uma polpa consistente e branca. Quando os jambeiros estão florescendo oferecem um belo cenário, pois suas flores rosadas caem no chão formando um imenso tapete cor de rosa.

Um pouquinho da flora de importância econômica e as frutas que você vai ver em Morro de São Paulo:

Dendê:

Culturalmente, a planta mais importante da região, tanto que dá o nome de "Costa do Dendê". Dos seus frutos é extraído o azeite indispensável à moqueca, acarajé e inúmeras iguarias baianas. São grandes palmeiras, com cachos de frutos negros que ficam alaranjados quando amadurecem.
 Dendê em Morro de São Paulo
            http://www.morrodesaopaulobrasil.com.br/flora

Piaçaba




Das fibras extraídas dentre as folhas secas desta palmeira se faz uma infinidade de coisas, de telhados às vassouras. A fibra é impermeável e muito durável, e movimenta uma cadeia produtiva considerável na região. O fruto, além de ter uma amêndoa, tem uma camada lenhosa duríssima, utilizada no artesanato.


 Piaçaba em Morro de São Paulo

Coqueiro


Diferente de todas as outras espécies, o coqueiro, embora seja até chamado de coqueiro-da-Bahia, não é nativo do Brasil. Da Índia foi trazido para cá pelos portugueses, mas não se sabe sua origem exata. Hoje se adaptou muito bem, e se integra ao ambiente da ilha, abrigando várias espécies de animais.
Coco em Morro de São Paulo

Bromélias




São incontáveis as espécies que vivem sobre árvores, pedras, e mesmo no chão de matas e restingas da ilha. Além das flores exuberantes, os tamanhos impressionam: algumas tem poucos milímetros, outras 2 ou 3 metros.
Bromélias em Morro de São Paulo

Frutas:


Caju

Na verdade a fruta é a castanha apoiada neste pseudofruto. Verde, é muito adstringente. Já a castanha está envolta numa casca que tem um óleo tóxico.

Pinha

Em outras regiões conhecida por fruta-do-conde. Há mais de um tipo na ilha, um doce e de gomos arredondados, outra mais ácida, com pequenas pontas.

Mangaba

Quando verde é leitosa e de sabor repugnante. Madura, é uma delícia. Sua polpa é densa, e um pouco pegajosa. É abundante nas elevações, emprestando inclusive seu nome ao ponto mais alta da ilha, o Morro da Mangaba.

Cupuaçu

É uma fruta grande, com cerca de 30 cm, ácida e de cheiro muito forte, difícil de comer. É de origem amazônica, e o suco é uma delícia.

Cajá

Originário da África, mas muito difundido no nordeste brasileiro, é uma frutinha amarelo alaranjada, doce. A árvore é enorme e cheia de espinhos, mas o suco é excelente.

Ingá

Embora seja mais adocicado, pode ser confundido com o tamarindo, que é originário da África. Há diversos tipos desta vagem, espalhados por todo o Brasil.

Goiaba

Já era cultivada no Brasil antes da chegada dos portugueses. É o fruto de uma mirtácea, utilizado no tratamento de diarreias.

Acerola

Foi trazida da América Central e muito difundida pela sua fama de prevenir o aparecimento de rugas. Hoje é cultivada em todo o país.

Açaí

Fruto de uma palmeira amazônica, sua polpa é hoje comercializada em todo o país. É muito energética, e fica uma delícia servida congelada, coberta de granola.                      

Manga

Originária do sul da Ásia é hoje difundida em todo o Brasil. Há diversas variedades, e sua polpa doce e saborosa é muito nutritiva.

Maracujá

Fruto de uma trepadeira tem diversas variedades e é cultivado em todo o Brasil. Usado como calmante natural.

Umbu

Fruta pequena, agridoce. Sobrevive nas regiões mais secas do nordeste brasileiro.

Pitanga

Outra mirtácea muito saborosa, embora pequena. Ocorre em grande parte do Brasil.

Seriguela

Uma frutinha pequena e amarelada, parecida com o cajá, só que muito mais doce.   
        

Mamão

Uma das frutas brasileiras mais difundidas. Há muitas variedades, de formas e tamanhos diversos.

Araçá

Parente muito próximo da goiaba pode facilmente ser confundido pelos menos atentos. O sabor é mais forte e a fruta é menor.
         

Jaca

Originária da Índia chega a pesar 15 quilos. Há dois tipos, a mole e a dura, e seu cheiro é extremamente doce e muito característico. A polpa é viscosa, e deixa os dedos dos desavisados grudentos.

Melancia

Junto com o melão e o pepino, são um grupo que se cruza muito facilmente, e sua origem um tanto imprecisa, entre o Egito e a Índia, passando pelo Oriente-Médio. Toda a família é muito difundida no Brasil, apesar de ser muito perecível.

Cacau

É da semente torrada dessa fruta amazônica que se produz o chocolate. A polpa da fruta também é muito saborosa, e cultivada em quase todo o nordeste brasileiro.

Graviola

Fruto grande, com mais de dois quilos. A polpa é branca e de aroma característico. 

Jambo

A fruta do tamanho de uma maçã, vermelha escura por fora, e branca por dentro, é originária da Malásia, mas se adaptou muito bem ao Brasil. 
         

Fruta-pão

A fruta originária do arquipélago malaio, como o nome sugere, é muito rica em amido e pode, além de ser frita transformada em farinha panificável. A árvore é exuberante, também utilizada para ornamentação.
                       

Abacaxi

É na verdade a inflorescência de uma bromélia. Muitas outras bromélias têm flores parecidas, mas apenas o abacaxi é comestível, com seu sabor doce e ácido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :