Apesar de seu descobrimento ter ocorrido junto com o do país, até pouco tempo atrás ainda era um lugar tranqüilo de se viver. Conforme os antigos moradores, nativos do local contam, a sobrevivência era basicamente a pesca. Um pequeno vilarejo onde até a década de 70 não havia telefone e luz elétrica, o primeiro gerador somente entre às 17h até as 22h. A luz elétrica só veio para Morro de São Paulo em 1985.
Os moradores tomavam banhos coletivos na Fonte Grande – sistema de abastecimento de água construído no século XVII. Foi também nos anos setenta que a pacata vila começou um processo de ser descoberto pelo mundo que hoje faz de Morro de São Paulo o terceiro pólo turístico da Bahia. Nesta época começaram a aparecer os primeiros veranistas das cidades das redondezas e passavam na ilha o verão todo. Inicialmente alugavam as casas dos pescadores, depois de um tempo começaram a construir suas chamadas casas de veraneio, localizadas principalmente na Primeira Praia.
Depois foi a vez dos mochileiros e hippies que vieram desfrutar deste paraíso de belíssimas praias e mata atlântica ainda pouco explorada. Foram estes quem divulgaram Morro de São Paulo para o Brasil e o resto do mundo, trazendo inúmeros visitantes e muitos encantados pela beleza e a vida sossegada do local a abandonarem suas vidas nas metrópoles. Esta mistura de raças e culturas dos estrangeiros que na ilha habitam se misturaram com a cultura local dando a Morro de São Paulo uma característica única de um lugar que parece pertencer ao mundo, onde todos que conhecem se sentem em casa.
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